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Como Empresas Podem Manter Preços Competitivos Mesmo com Carga Tributária Maior

Como Empresas Podem Manter Preços Competitivos Mesmo com Carga Tributária Maior

No atual cenário de reforma tributária, muitas empresas estão diante do desafio de manter a competitividade de seus preços frente a um aumento previsível de custos operacionais. Este artigo explora como uma empresa de capital aberto no setor de serviços tem abordado esta questão, realocando sua estratégia de precificação e otimizando sua cadeia de suprimentos.

A análise evidencia que a reorganização interna e a parceria eficaz com fornecedores podem neutralizar aumentos, assegurando que reduções de custo sejam integralmente transferidas ao consumidor final. Este esforço requer uma gestão estratégica robusta e o aproveitamento de créditos tributários disponíveis a partir da reforma.

Descubra como esta empresa utiliza a transformação digital a seu favor, além do papel crucial de fornecedores do Simples Nacional nessa empreitada.

Impactos da Reforma Tributária nas Empresas

A recente reforma tributária trouxe uma série de desafios para as empresas, principalmente em termos de reavaliação de suas cadeias de suprimentos e estratégias de precificação. Com um novo sistema tributário em vigor, que segundo estudos aumentaria os custos operacionais em cerca de 8%, as empresas foram obrigadas a adotar diferentes abordagens para manterem-se competitivas no mercado. Uma das principais mudanças está relacionada à renegociação com fornecedores: cerca de 60% deles enfrentaram aumento significativo na carga tributária, enquanto 40% experimentaram uma redução.

Essa transformação exige uma adaptação complexa, na qual as empresas precisam garantir que os custos adicionais não sejam totalmente transferidos para os consumidores finais. Este é um ponto crucial para evitar o “efeito Black Friday”, onde aumentos de preço são apenas disfarçados por uma suposta promoção. Assim, uma gestão eficaz e estratégica de custos ao longo da cadeia de suprimentos tornou-se indispensável. Além disso, aproveitar os novos créditos tributários disponíveis tornou-se uma forma eficaz de mitigar a elevação dos custos.

Para as empresas que já possuem um sistema de transformação digital bem estruturado, o processo de adaptação à reforma tornou-se mais fácil. A capacidade de utilizar dados eficazmente e antecipar os impactos tributários nos preços dos produtos ou serviços pode ser um diferencial competitivo importante. Contudo, o desafio permanece em ajustar precificações e comunicar esses ajustes de modo claro aos clientes, garantindo que todos entendam a lógica da nova reforma tributária e evitem interpretações equivocadas sobre os aumentos de preços.

Desafios e Estratégias de Gestão de Custos

Em meio à reforma tributária, uma empresa do setor de serviços enfrentou um aumento de custos operacionais previsto em 8% com o novo sistema. Para lidar com este cenário desafiador, a empresa adotou diversas estratégias de gestão de custos, com foco em preservar sua competitividade no mercado. Uma das principais medidas foi a reavaliação da cadeia de suprimentos, onde se iniciou um trabalho ativo junto aos fornecedores para renegociar termos e aproveitar os novos créditos tributários.

Este processo de reavaliação envolveu a identificação de cerca de 2.000 fornecedores, dos quais aproximadamente 60% teriam suas cargas tributárias elevadas, enquanto 40% experimentariam uma redução após a reforma. A empresa priorizou o diálogo com 38 fornecedores-chave, que representavam 55% de sua linha de custos. A meta era negociar ajustes de preço que ficassem dentro dos limites esperados, repassando integralmente as reduções de custo ao consumidor.

Um ponto de destaque foi o uso estratégico da transformação digital. Desde 2022, a empresa havia se dedicado à implementação de um banco de dados unificado para compilar todas as informações tributárias. Este ativo digital permitiu que a empresa antecipasse os impactos da reforma tributária, otimizando a tomada de decisões e a gestão de preços. A estratégia incluía também o ajuste da apresentação dos preços separando os tributos, preparando os clientes para a nova lógica contábil. Desta forma, a empresa conseguiu encaminhar a transição de modo a mitigar os impactos negativos previstos, garantindo que os aumentos não fossem passados diretamente ao consumidor final, preservando assim sua competitividade.

A Relação com os Fornecedores e a Gestão de Preços

Uma análise detalhada dos fornecedores revelou que 60% deles enfrentarão um acréscimo na carga tributária em decorrência da recente reforma, enquanto outros 40% terão uma redução. Este cenário enfatiza a necessidade crítica das empresas estabelecerem um diálogo aberto e contínuo com seus fornecedores para renegociar preços e termos contratuais adequados. O propósito desse diálogo é não somente mitigar os aumentos de custos, mas também garantir que quaisquer reduções sejam repassadas de maneira justa ao consumidor final – um passo importante para manter a competitividade no mercado.

Essa reestruturação na relação com fornecedores é vista como um componente essencial da gestão eficaz de custos no contexto da nova legislação tributária. Trabalhar de forma colaborativa e estratégica permite que as empresas, especialmente aquelas no setor de serviços, convertam potenciais desvantagens em oportunidades para otimizar sua cadeia de suprimentos. A meta é assegurar que todos os parceiros envolvidos na cadeia estejam dispostos a ajustar seus preços dentro dos limites esperados pela empresa contratante e que estejam preparados para enfrentar os desafios do novo cenário tributário.

A exploração de novos créditos tributários também pode servir como um pilar de suporte para neutralizar os aumentos de custos previstos. Assim, a sinergia entre as empresas e seus fornecedores pode se traduzir em uma relação mais resiliente e preparada para um ambiente econômico em transformação.

Oportunidades e Riscos para Empresas do Simples Nacional

Com as mudanças na legislação tributária, as empresas do Simples Nacional encontram-se diante de uma oportunidade significativa ao considerar a migração para o novo regime. Este passo pode proporcionar uma vantagem competitiva importante, pois elas passam a ter direito ao aproveitamento dos créditos tributários, permitindo a desoneração de seus insumos. Com isso, essas empresas podem reduzir consideravelmente seus custos operacionais, tornando-se mais atraentes em termos de precificação no mercado.

Por outro lado, não migrar para o novo regime apresenta riscos consideráveis para as empresas de menor porte. Aquelas que optarem por permanecer no sistema atual podem enfrentar uma perda de competitividade, já que não se beneficiarão dos créditos tributários oferecidos pela nova legislação. Isso significa que, ao se manterem no regime antigo, suas margens de lucro podem ser reduzidas, tornando-se menos interessantes para empresas maiores que buscam parcerias ou fornecimento de serviços a preços competitivos.

Essas alterações reforçam a necessidade de uma análise criteriosa por parte dos gestores sobre a mudança de regime. Avaliar cuidadosamente os impactos tributários e os potenciais benefícios da migração pode ser decisivo para garantir a permanência saudável e competitiva da empresa no mercado, evitando que percam espaço para empresas que optarem por se adaptar ao novo sistema.

Transformação Digital como Ferramenta de Ajuste Tributário

A implementação prévia de estratégias de transformação digital mostrou-se crucial para a empresa ao se deparar com os novos desafios impostos pela reforma tributária. Desde 2022, a empresa vinha investindo em um projeto de criação de um banco de dados unificado que englobava todas as informações tributárias relevantes. Esse recurso digital não só proporcionou uma visão clara e centralizada das obrigações fiscais, como também capacitou a organização para antecipar os impactos da nova legislação sobre seus custos operacionais.

O banco de dados unificado facilitou o processo de identificação de fornecedores que seriam afetados pelas alterações na carga tributária, permitindo uma abordagem mais estratégica na renegociação de contratos e ajuste de precificação. A consolidação de informações tributárias em um único sistema possibilitou um gerenciamento mais eficiente dos créditos fiscais, fundamentais para contrabalançar os aumentos de custo esperados.

Assim, o uso inteligente da transformação digital não apenas ajudou a empresa a alinhar-se rapidamente às novas exigências legais, mas também destacou-se como um diferencial competitivo ao otimizar a tomada de decisões. Com dados tributários precisos à disposição, a empresa foi capaz de ajustar seus preços e comunicar essas mudanças de maneira transparente aos seus clientes, garantindo compreensão e ajustamento aos novos padrões tributários.

Adaptação ao Novo Sistema de Tributação

Com a implementação do novo sistema tributário, as empresas enfrentam o desafio de adaptar suas operações a um ambiente fiscal em constante transformação. Essa adaptação implica não apenas em ajustes internos, mas também na forma como os preços são calculados e apresentados ao mercado. Um dos principais desafios é desvendar a lógica por trás do “preço sem tributo”. Na prática, isso significa separar claramente o valor do produto ou serviço dos tributos incidentes, o que requer um novo nível de transparência na comunicação com os clientes.

As empresas devem garantir que essa diferenciação seja facilmente compreensível, para que os consumidores não percebam tais ajustes como aumentos arbitrários. Além disso, o entendimento deste novo cenário demanda uma “educação” tanto de colaboradores quanto de parceiros comerciais. O objetivo é evitar mal-entendidos que poderiam comprometer relações comerciais e impactar na competitividade da empresa no mercado.

Além disso, é crucial equacionar as mudanças na carga tributária com uma estratégia de precificação que não onere excessivamente o consumidor final. Isso pode ser obtido por meio de negociações estratégicas com fornecedores para maximizar o aproveitamento de créditos tributários. Empresas que investem em transformação digital têm, neste contexto, a vantagem de serem mais ágeis na assimilação dessas novidades, utilizando dados para prever e mitigar os impactos financeiros provocados pelo novo sistema tributário.

Em suma, o novo sistema tributário impõe desafios significativos em termos de cálculo e apresentação de preços, demandando uma abordagem estratégica e transparente das empresas para preservar sua competitividade enquanto se adaptam às novas normas fiscais.

Próximos Passos e Acompanhamento Contínuo

A reforma tributária trouxe uma nova realidade para as empresas, que agora precisam revisitar suas cadeias de suprimentos e estratégias de precificação para enfrentar o desafio de manter a competitividade. O impacto do aumento nos custos operacionais, devido às mudanças na carga tributária, exige não apenas ajustes internos, mas também uma comunicação clara e eficaz com fornecedores e clientes. Estratégias como a transformação digital, renegociação com fornecedores e aproveitamento de créditos tributários são essenciais para mitigar esses efeitos e se manter relevante no mercado.

Enquanto a adaptação ao novo regime é desafiadora, ela também oferece oportunidades para empresas que souberem se reposicionar estrategicamente. Fundamentos como ajuste de precificação, análise criteriosa dos impactos tributários e uma gestão eficaz junto a fornecedores podem ser decisivos para superar os desafios deste cenário em transformação.

Para continuar navegando por essa complexidade fiscal, é crucial que empresas avaliem constantemente suas estratégias tributárias e busquem sempre aprimorar sua eficiência nesse quesito. Convidamos você a acompanhar o blog e se manter atualizado sobre novas formas de gerir sua carga tributária e otimizar seus processos fiscais. Entender bem essas mudanças pode ser o diferencial necessário para garantir a competitividade e sustentabilidade de sua empresa no ambiente pós-reforma.

Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Folha de S.Paulo. Para ter acesso à materia original, acesse Opinião – Que imposto é esse: Como uma empresa espera manter preço com carga tributária pós-reforma maior

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