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Split Payment: proteja o caixa da sua empresa com a LC 214/2025

Atenção: Split Payment pode tirar o fôlego do seu caixa hoje mesmo

O Split Payment, instituído pela Lei Complementar 214/2025, altera profundamente a dinâmica de caixa das empresas de serviços. A partir de agora, parte do valor pago pelo cliente — referente ao IBS e à CBS — é repassada diretamente aos cofres públicos, sem transitar pelo saldo bancário da sua empresa.

Esse repasse automático reduz imediatamente o capital de giro disponível, eliminando a tradicional janela de liquidez que permitia maior flexibilidade financeira. Para não ter o fluxo de caixa comprometido, é essencial revisar processos, ajustar o planejamento de tesouraria e redefinir políticas de crédito e prazos de recebimento.

Por que o Split Payment pode pôr em risco seu capital de giro

Com a implantação do Split Payment, empresas deixam de contar imediatamente com até 19% do valor faturado no momento da quitação das notas fiscais. Imagine uma prestadora de serviços que emite R$ 150.000 em faturas mensais: cerca de R$ 28.500 são direcionados ao IBS e à CBS, caindo direto no caixa do fisco e não no seu banco. Essa perda instantânea de capital pode gerar gargalos no pagamento de fornecedores e na cobertura de despesas operacionais.

Antes do novo modelo, era comum dispor de um intervalo médio de 15 dias entre o recebimento e o recolhimento dos tributos, permitindo antecipar investimentos ou negociar melhorias de prazo. Agora, sem esse colchão financeiro, a tomada de decisões se torna mais rígida e a gestão do capital de giro exige planejamento mais apurado.

O que é Split Payment segundo a LC 214/2025

O split payment, conforme a LC 214/2025, é o mecanismo que determina a retenção e o repasse direto, no momento do pagamento, dos valores correspondentes ao IBS e à CBS destacados na nota fiscal eletrônica. Dessa forma, a empresa fornecedora não chega a receber em caixa a parcela relativa aos tributos cobrados, que vai imediatamente para os cofres públicos.

A base legal do split payment encontra respaldo nos dispositivos da LC 214/2025 que regulamentam o IBS e a CBS, alinhados aos princípios da neutralidade tributária e ao combate à sonegação. A implementação segue o leiaute definido na Nota Técnica 2025.002-RTC e é gerida pelo Comitê Gestor do IBS e pela Receita Federal.

Repercussões diretas no fluxo de caixa empresarial

Antes da LC 214/2025, o fluxo de caixa contava com o valor total das faturas em conta, criando uma janela de liquidez que variava de 10 a 20 dias entre o recebimento do cliente e o recolhimento dos tributos. Esse intervalo permitia antecipar pagamentos, negociar descontos com fornecedores e aplicar recursos em curto prazo.

Em resumo, o novo modelo obriga as empresas a recalcularem suas projeções de entrada e saída de caixa, adotarem controles diários mais rigorosos e ajustarem políticas de crédito e prazos. Sem o prazo de retenção anterior, o rigor no monitoramento de contas a pagar e a receber se torna imprescindível para manter as operações saudáveis.

Redução da autonomia financeira

Com o split payment, a retenção automática de IBS e CBS no momento do pagamento elimina a tradicional folga financeira que as empresas utilizavam para ajustar o fluxo de caixa. Sem transitar pelo seu saldo, o montante referente aos tributos deixa de ser uma fonte provisória de capital, reduzindo a capacidade de financiar despesas inesperadas ou aproveitar oportunidades de investimento de curto prazo.

Consequentemente, as empresas perdem autonomia para definir prioridades de desembolso e passam a depender ainda mais de linhas de crédito externas, elevando custos financeiros e demandando um planejamento de tesouraria mais rigoroso.

Impactos no planejamento de tesouraria

A impossibilidade de postergar o recolhimento de IBS e CBS altera profundamente a forma de planejar o caixa. Sem a tradicional janela entre o recebimento e o pagamento dos tributos, as empresas precisam ajustar projeções de fluxo diário e reduzir margens de erro.

Em resumo, o planejamento de tesouraria passa a exigir controles mais rígidos, monitoramento constante e estratégias de contingência para manter o equilíbrio financeiro sem depender do período de retenção tributária anterior.

Desafios contábeis e fiscais na prática

A adoção do split payment impõe desafios contábeis e fiscais que vão além da simples retenção automática de tributos. É preciso ajustar os lançamentos para refletir a nova forma de reconhecimento de receita e manter o controle rigoroso sobre passivos fiscais gerados no momento da liquidação das operações.

Esses ajustes exigem atualização de planos de contas, alterações no layout de notas fiscais eletrônicas e rigor na auditoria interna. Sem uma estrutura contábil preparada, o risco de erros em demonstrações financeiras e no cumprimento de obrigações acessórias aumenta significativamente.

Conciliação automatizada e integração de sistemas

A conciliação automatizada entre o ERP e os sistemas bancários é fundamental para assegurar que o valor retido de IBS e CBS seja transferido ao fisco com precisão e no momento adequado. Sem essa integração, as empresas ficam vulneráveis a divergências entre o registro contábil e o extrato bancário, o que pode resultar em atrasos, multas e retrabalho.

Com esses recursos, as empresas minimizam riscos de penalidades, ganham agilidade na rotina fiscal e mantêm maior controle sobre o fluxo de caixa, tornando o processo de pagamento fracionado mais transparente e confiável.

Estratégias para mitigar impactos e fortalecer seu negócio

Para enfrentar as mudanças trazidas pelo Split Payment, é fundamental adotar medidas que garantam maior previsibilidade e segurança financeira. A combinação de revisão de processos internos, negociação com parceiros e uso de tecnologia pode minimizar riscos e manter o equilíbrio do caixa.

Com essas ações, sua empresa estará mais preparada para absorver o impacto do Split Payment e manter a saúde financeira, mesmo diante das mudanças tributárias em vigor.

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A implementação do Split Payment exige adequação de sistemas, processos fiscais e controles contábeis para garantir precisão e evitar riscos. A Numbi oferece serviços especializados em gestão tributária, auxiliando na integração de ERPs, conciliação automática e monitoramento contínuo do repasse de tributos.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Split Payment: entenda a nova lei tributária e seus impactos nas empresas

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