Empresas enfrentarão dois regimes tributários até 2033: prepare seu negócio para a transição

Com a entrada em vigor da Reforma Tributária em 2026, seu negócio terá que conviver com dois sistemas de apuração fiscal até 2033.

Sem a preparação adequada, sua empresa ficará vulnerável a:

• multas e sanções;
• retrabalho de processos;
• perda de agilidade e competitividade.

Nesta curadoria, vamos detalhar os riscos e mostrar as etapas dessa transição, para que você possa iniciar o planejamento e evitar surpresas.

O desafio da dupla apuração: riscos e impactos imediatos

A transição para dois regimes tributários exige atenção redobrada em cada etapa do cálculo fiscal. Sem um plano de adaptação, erros são inevitáveis e podem custar caro.

O descumprimento das novas obrigações resulta em:

• multas e juros por apurações incorretas;
• retrabalho intenso nas rotinas contábeis;
• atrasos nos prazos de entrega de declarações;
• ineficiência operacional e custos adicionais;
• perda de competitividade frente a concorrentes mais ágeis.

Adotar medidas preventivas desde já é fundamental para evitar a penalização financeira e manter a empresa alinhada às exigências legais durante todo o período de transição.

IVA Dual em foco: conheça CBS e IBS

O modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual simplifica a tributação sobre consumo no Brasil, reunindo antigos encargos em dois tributos distintos:

• CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): assume as bases de PIS e Cofins, com apuração federal unificada e alíquotas consolidadas.
• IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): integra ICMS e ISS em um único tributo estadual/municipal, aplicado em cada etapa da cadeia de valor.

Diferente do modelo atual, que exige apurações separadas de PIS/Cofins e ICMS/ISS, o IVA Dual visa reduzir a cumulatividade e aumentar a transparência. A CBS unifica obrigações acessórias federais, enquanto o IBS será gerido por plataforma integrada entre estados e municípios, promovendo maior eficiência e controle nas operações fiscais.

Cronograma de transição 2026–2033

A adoção do IVA Dual será feita em etapas bem definidas. Confira o cronograma e saiba quando cada fase entra em vigor:

• 2026: testes operacionais com alíquotas simbólicas e ajustes iniciais em sistemas fiscais;
• 2027: aplicação das alíquotas reais da CBS, exigindo apurações e relatórios federais precisos;
• 2028: consolidação do uso da CBS, refinamento de processos e capacitação continuada da equipe;
• 2029: início da cobrança das alíquotas reais do IBS, integrando ICMS e ISS em âmbito estadual e municipal;
• 2030–2032: fases intermediárias de adaptação completa, com integração de créditos e harmonização das obrigações acessórias;
• 2033: extinção total do modelo atual de PIS/Cofins e ICMS/ISS, migrando definitivamente para o IVA Dual.

Em cada etapa, as empresas devem:

• reconfigurar sistemas de gestão para refletir as novas alíquotas;
• treinar equipes para operar em dois regimes simultâneos;
• acompanhar atualizações e orientações da Receita Federal e entes subnacionais;
• simular cenários financeiros para avaliar impactos antes da implementação completa.

Antecipar ações e revisar processos ao longo do cronograma garante uma transição mais segura, reduzindo riscos de não conformidade e preparará sua empresa para operar com eficiência no novo modelo tributário.

Adequação tecnológica e capacitação

A transição exige reconfigurar as rotinas do ERP e demais sistemas de gestão para incorporar regras de cálculo da CBS e do IBS desde 2026.

É imprescindível:

• atualizar parâmetros de tributação e bases de cálculo;
• integrar módulos fiscais para geração automática de obrigações acessórias;
• implementar ferramentas de análise e simulação de cenários tributários;
• adotar plataforma única de envio e acompanhamento de declarações.

Além disso, a capacitação contínua da equipe fiscal e contábil garante agilidade na adoção dos novos processos. Invista em treinamentos, manuais de operação e workshops práticos para preparar seu time a lidar com as exigências paralelas até 2033 e evitar gaps de conhecimento que possam gerar falhas de apuração.

Oportunidades de eficiência e governança fiscal

Durante o período de convivência com dois regimes tributários, sua empresa pode transformar a complexidade em ganhos concretos. O novo modelo de CBS e IBS oferece maior possibilidade de recuperação de créditos e reforça as boas práticas de controle interno.

• Aproveitamento ampliado de créditos sobre insumos, serviços e investimentos, reduzindo o custo efetivo da operação;
• Comparação constante entre bases de cálculo favorece a identificação de inconsistências e evita perdas de créditos;
• Transparência fiscal ampliada, com registros mais claros e relatórios detalhados que sustentam auditorias e revisões;
• Fortalecimento da governança por meio de indicadores-chave (KPIs) que monitoram prazos, saldos de créditos e apropriações;
• Incentivo à automação de processos fiscais, diminuindo erros manuais e retrabalho.

Com controles robustos e monitoramento contínuo, sua área contábil previne riscos de autuação, sustenta decisões estratégicas e consolida uma cultura de conformidade que, a médio e longo prazo, reduz custos e reforça a competitividade do negócio.

Como a Numbi apoia sua empresa

A Numbi oferece serviços especializados em gestão tributária e Imposto de Renda para apoiar sua empresa durante essa fase de convivência entre dois regimes fiscais. Nosso trabalho inclui:

• mapeamento de impactos das novas regras sobre seu negócio;
• reconfiguração de processos e sistemas contábeis;
• simulações de cenários tributários para tomada de decisão;
• preparação e envio das obrigações acessórias em ambos os regimes;
• identificação e aproveitamento de créditos fiscais disponíveis.

Combinamos experiência técnica e soluções digitais para manter sua empresa em conformidade e transformar o cumprimento das exigências em uma vantagem competitiva. Conte com a Numbi para simplificar processos, reduzir riscos e fortalecer sua governança fiscal ao longo de toda a transição.

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Fonte Desta Curadoria

Este artigo é uma curadoria do site Portal Contabeis. Para ter acesso à matéria original, acesse Empresas terão que operar dois regimes tributários até 2033